Num artigo recente, publicado no World Journal of Urology, foi avaliada a eficácia da curcumina na melhoria dos sintomas do aparelho urinário inferior (LUTS), avaliados pelo International Prostate Symptoms Score (IPSS), em pacientes com hiperplasia prostática benigna (HBP).
A curcumina é um pigmento polifenólico amarelo do rizoma Curcuma longa L. (cúrcuma). Tem sido usada na culinária e em corantes alimentares. É um ingrediente ativo utilizado em Ayurveda e na medicina chinesa. A curcumina tem sido largamente estudada devido aos seus efeitos na promoção da saúde e prevenção de doenças, devido aos seus efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, neuroprotetores, anticancerígenos, hepatoprotetores e cardioprotetores.
Num estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo que envolveu cinquenta e dois pacientes com HBP, Karami et al, os participantes foram randomizados para receber 160 mg por dia de curcumina (n = 26) ou placebo (n = 26) como gel macio durante 3 meses.
O objectivo de avaliação primário foram as alterações no International Prostate Symptoms Score (IPSS).
Existem vários questionários e índices de sintomas que permitem avaliar de uma forma mais objectiva e quantificável a sintomatologia, podendo ajudar na monitorização da gravidade e evolução da doença. O mais utilizado é o IPSS (International Prostate Symptom Score), que utiliza um conjunto de sete questões relativas aos sintomas e uma pergunta independente sobre a qualidade de vida. Consoante a pontuação obtida a sintomatologia pode classificar-se em:
A recolha de dados foi efectuada utilizando um formulário de inquérito normalizado, tendo ainda sido avaliados e medidos outros parâmetros, nomeadamente exames laboratoriais de rotina. Para comparar a distribuição dos dados demográficos e das covariáveis, foram utilizados os testes estatísticos apropriados e normalizados para avaliação destes dados.
A curcumina teve um efeito significativo no IPSS (p<0,010), o mais importante parâmetro avaliado neste estudo. A curcumina teve um efeito reduzido na proteína C-reactiva de alta sensibilidade (p<0,032) e um efeito baixo a moderado no nível de malondialdeído (MDA) (valor de p<0,014) tendo estes sido os objectivos secundários para avaliação após a intervenção. O efeito da curcumina noutros parâmetros foi insignificante.
Este estudo indicou que a ingestão de curcumina, durante 3 meses, teve efeitos positivos consideráveis não só no IPSS, o índice de avaliação de sintomas mais frequentemente utilizado em estudos deste tipo mas também em dois parâmetros laboratoriais avaliados, a PCR-us e o MDA séricos.
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